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Os benefícios de substituir o uso do carro pela bicicleta em dois dias da semana – uma solução viável para tornar-se mais ativo

Frequentemente ouço pessoas dizerem que não praticam exercícios devido à falta de tempo (trabalho, estudos, etc.). Se você é uma dessas pessoas, sugiro que leia este artigo. Talvez você termine esta leitura mais motivado para mudar seus hábitos, melhorar sua saúde e o ambiente em que está inserido.

A figura 1 foi criada para simular a vida de um indivíduo que não tem tempo de realizar exercícios e utiliza o carro como meio de transporte da casa ao trabalho e vice-versa cinco dias por semana. Note que o uso diário do carro emite poluentes na atmosfera, gera ruídos (poluição sonora) e ainda contribui para o aumento do tempo de inatividade física. Todos esses fatores, infelizmente contribuem para que pessoas desenvolvam doenças e/ou percam suas vidas. Por exemplo, em 2015 a poluição do ar foi responsável por nove milhões de mortes prematuras no mundo (Landrigan et al., 2018). Já com relação à inatividade física, estima-se que cinco milhões de mortes poderiam ser evitadas anualmente caso a população fosse mais ativa (WHO, 2020).

Figura 1. Uso do carro como meio de transporte cinco dias por semana 

Assim, com o objetivo de solucionar o problema da falta de tempo para realizar exercícios, a figura 2 foi criada. Observe que neste caso houve a substituição do uso do carro pela bicicleta somente em dois dias da semana (120min/semana). Note que os benefícios são diversos; redução no risco de mortalidade por todas as causas, de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes tipo II e câncer (Dinu et al., 2019; Kelly et al., 2014). Além disso, a redução na frequência do uso do carro proporciona impactos positivos no âmbito financeiro (ex. menos gasto com combustível) e ecológico (ex. menos poluentes emitidos ao meio ambiente).

Figura 2. Substituição do carro pela bicicleta em dois dias da semana

Por isso, gire a corrente, ganhe mais saúde e qualidade de vida e torne sua cidade e o nosso planeta mais sustentável para as futuras gerações.

Referências bibliográficas

Dinu, M., Pagliai, G., Macchi, M., and Sofi, F. (2019). Active Commuting and Multiple Health Outcomes: A Systematic Review and Meta‑Analysis. Sports Med. doi.org/10.1007/s40279-018-1023-0

Kelly, P., Kahlmeier, S., Götschi, T., Orsini, N., Richards, J., Roberts, N.,
Scarborough, P. and Foster, C. (2014). Systematic review and meta-analysis of reduction in all-cause mortality from walking and cycling and shape of dose response relationship. Int J Behav Nutr Phys Act. Oct 24;11:132. doi: 10.1186/s12966-014-0132-x

Landrigan, P. J., Fuller, R., Acosta, N. J. R., Adeyi, O., Arnold, R., Basu, N. (Nil), Baldé, A. B., Bertollini, R., Bose-O’Reilly, S., Boufford, J. I., Breysse, P. N., Chiles, T., Mahidol, C., Coll-Seck, A. M., Cropper, M. L., Fobil, J., Fuster, V., Greenstone, M., Haines, A., … Zhong, M. (2018). The Lancet Commission on pollution and health. In The Lancet. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(17)32345-0 WHO guidelines on physical activity and sedentary behaviour. Geneva: World Health Organization; 2020.

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